Faz tempo que não escrevo.
O lápis parece não só dilacerar o papel,
mas a minha própria carne.
Mas cauteriza ao mesmo tempo.
Cicatriza.
Imagina que louco, uma faca que corta,
mas que cicatriza no ato de cortar.
Todo corte é uma cicatriz.
Aberta. Todo poema é uma cicatriz.
Aberta. Toda mulher é uma porta.
Fechada.
Faz tempo que não choro,
que não assassino,
que não me masturbo.
Não sei se é o tempo me consumindo.
Talvez eu esteja mesmo velho.
Talvez seja só essa rotina
que não me permite quebras.
Sou um papel ainda em branco.
Me pinte, me molhe.
Algum dia desses, me ame.
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