segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

mictório

Essa semana fui ao médico.
Ele me disse que minhas doenças
eram crônicas.

Essa semana fui ao relojoeiro.
Ele me disse que não possui
os conhecimentos necessários
para consertar meu relógio.

Essa semana ouvi um samba
muito quadrado. Ele me disse:
"relógio que atrasa não adianta"

Aprendi a tocar o samba
no meu bandolim imaginário.
Mesmo fora do tempo,
acertei os arranjos de forma
mágica.

Me aplaudiram. Se encantaram.
Minha sincronia adversa para com
as outras encantou, fez feliz alguém.

Se meus atrasos os satisfazem,
quem me garante que a hora certa
é a hora que eu deveria seguir?

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