Quantas vezes eu já reescrevi esse texto de apresentação? Não posso responder com certeza. Talvez pelas tantas mudanças que sofri ao longo da existência desse pequeno espaço no meio da vasta internet que chamo de Rudimentarium. O poço dos meus rudimentos. Dos rudimentos do meu mundo.
E depois de tanto tempo, eu ainda não sei onde chegar. O mundo me parece ser uma grande esteira. E eu apenas a percorro. Talvez seja um tanto clichê dizer que é difícil escrever sobre si mesmo, mas os clichês são porto seguro da ignorância. Talvez ignorância não seja a palavra certa, mas esse mundo é muito grande e os significados dos tipos muito efêmeros para os meus questionamentos sobre tal.
Neste momento eu estou doente. Sem metáforas, o catarro escorre do meu nariz.
Mas daqui uns dias estarei bom. Mas ainda estarei doente, agora com metáforas. Todos nós. E ao mesmo tempo ninguém.
Espinha de peixe na goela, a bola que nunca entrou no gol, o pôr do sol sem plateia e a garateia que fisga a moreia nas pedras do Quebramar.
Este sou eu na praia. De sapatos
fique tranquilo, pergunte-me como.
joaonetoguimaraes@hotmail.com