quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Como todo pássaro deve fazer

"O tempo não está bom, chove muito, hoje o dia é de observar, olho a rua. Que bela rua! larga, arborizada, algumas flores num canteiro que agora se afoga com essa chuva, ela não vai passar tão cedo.
Um homem no meio da rua toma seu banho, há tempos que o corpo dele não via água.Ele mora lá pelas bandas do viaduto,já vi ele algumas vezes. Também há algumas crianças na rua, correm, correm como se estivessem presas há anos e aquela fosse a primeira chuva após a liberdade, me lembram os pássaros quando são libertados de suas gaiolas.
O dia escurece sem que eu perceba, é difícil perceber num dia nublado como esse.Acabo adormecendo, já era hora mesmo... Acordo com uma luz estonteante que passa por entre os galhos, finalmente meu velho e querido sol aparece. Saio do meu ninho e vou voar, como todo pássaro deve fazer."


Hoje ao acordar, fui ao quintal. Lá, encontrei um pássaro com o qual conversei um pouco. Disse-me que escrevia poesias e contos, me deu esse e voou. Não me perguntem como ele escreveu.

Um comentário:

Ninguém é autossuficiente de pensamento.

caiçaras oscilantes

 meu povo, queimado de sol que só ele, unifica os grãos de areia, que perdidos pelo mundo vagueiam sob o vento em novas praias. praias do li...