Entra
quebrando a porta
Toda ela
Vem e não volta
agarra-me e não solta
Como brisa que entra pela janela
entra sem licença
Não sinto sua presença
Estou afundado num rio de lágrimas
Choradas pelo meu coração
E essa vontade?
de não ter certeza
Não sinto-me
Não sobrou-me
nem me resta
os doces de fim de festa
ou
a epidemia que se infesta
Me diz, o que é isto?
que eu tanto insisto
em chamar de amor
Mas a segunda não colabora
Nem minutos
nem horas
E este semblante
pensativo
num ser
tão negativo
que não tem nem o seu positivo
Me diz
algo que me faça contente
Além, é claro, de tua
humilde beleza
que me leva toda tristeza
Me diz, quem é
este ser que chora
pela segunda
que foi nada afora
já não sou eu
que me encontro nesse breu
Perdido na escuridão
à procurar
um doce coração
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Ninguém é autossuficiente de pensamento.