Sempre me assusto com aquele comboio, nem de longe vejo qualquer beleza nele. Achei, acho e sempre vou achar estranho.Me falta o ar, me falta o espaço, me falta. Me parece um corredor polonês, pronto pra te espancar, tirar seus ossos do lugar, tritura-los num moedor e joga-los ao relento. Só pelo prazer de um "lugar ao sol".
Tento descobrir algo sobre cada um deles, cada brecha de vento eu respiro, cada ruído de fala eu escuto, mas não estão interessados nisso , só querem descansar. Posso ver em cada um a expressão de cansaço. Sou o menos expressivo, só observo. Enquanto todos olham pra mim eu olho pra todos.
Agora já não estão interessados em mim. Nem eu neles. Agora tanto faz. Chegamos ao terminal.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
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Ninguém é autossuficiente de pensamento.