domingo, 17 de julho de 2011

José

José
Para onde teu passo caminha?
Angústia?Melancolia?

José, lutando contra o próprio corpo
pés cansados, olhar já morto
longe, não se sabe onde

José
Tua grande pátria
que sustentas no teu cangote
onde estão os velhos tempos?
os mares os botes?

José
De rosto manchado pelo sol
Esquecestes teus velhos barcos
No labirinto do teu corpo em cacos
No ferro marrom do anzol

José, José
Tua sabedoria sensata
não ficará na partilha ingrata
morrerás sufocado
pelo nó da tua própria gravata

José, José
de tanto caminhar
já não te aguentas em pé
Se em pé ficas, sozinho tu cais
já sem um cais
pra ancorar
e assim , fica ao sabor do mar
Continuas a navegar
velhos pescador
Na tristeza do teu lar
Filho do céu e do mar

3 comentários:

  1. O José sofre de algo comum. Talvez eu já tenha tido momentos iguais. Adorei a poesia, cativante! :)

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  2. Querido, concordo contigo nesse lance de aprender a cada dia... Ler ajuda sempre inclusive. Por isso discordo quando você subestima a força da sua palavra, que é sempre bom de ser lida, de verdade! Me sinto muito instigado com sua forma de escrever, seu estilo é latente, tem algo aí bem seu, nos seus longos poemas que me desafia o pensamento! Mas também percebo como você, isso de não se sentir satisfeito com o que escreve... Ih quantas vezes não penso "Meu Deus, o que é isso que eu fiz?!"... Mas depois relaxo, é o que se tem pra hoje!! Num dia se tropeça, no outro se cai... Mas levanta-se também!!! Sigamos tentando, afinal, não sei pra você, mas no momento meu compromisso é comigo mesmo! Um semana iluminada! Abraços!

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  3. "E agora José?"

    Escreve bem garoto.
    Parabéns!!!


    http://plumitivoledor.blogspot.com/
    =]

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Ninguém é autossuficiente de pensamento.

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