terça-feira, 6 de setembro de 2011

Nina II

Minhas mãos são sedentas
pelas formas aconchegantes
das curvas de tua cintura
minhas córneas sedentas
por tua ingênua ternura
Nina
Sinto o contorno de teus lábios
caminhando por meu rosto
Nina, faz tua trilha
por entre meus bosques
deixa teu rastro sem cor
 sinta o pulsar das artérias
que se bifurcam em meu pescoço
e eu sinto o contorno de tua ternura
envolto no aconchego de tua cintura

Nina
Admiro tua melancolia silenciosa

Nina
Dance
com ou sem mim
Dance
com a solidão

Nina
as noites de insônia que carrego
são as que mais sonho contigo
Esses cadernos escritos que te trago
São dos dias que mais sonho contigo
essas palavras são a parte de você
que eu consigo trazer comigo
E eu leio-te todas as noites
para que não morras nunca
eu recito-te todas as manhãs
eu canto-te junto com os pardais
que acompanham a melodia
a doce melodia que és

Nina,
Como queria ser teu vizinho
pra ouvir tu cantar no banho
como queria morar em tua rua
e ir comprar o pão contigo
Nina
não deixe nunca de sorrir
pois sou parte do teu riso
e morro a cada lágrima
Eu sou a solidão,

Nina
     
         e eu te amo

                   um
                            pouco

 só
                um
                             pouco                      (mentira)


Posso

          te chamar

 de Nina?

Um comentário:

  1. Adoro seus poemas. De verdade. E essa Nina, me lembra muito a personagem do filme 'Black Swan', talvez seja porque ambas se chamam Nina?! Haha, volte sempre lá! Beijos :*

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