segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Um dedo

Perdi um dedo.
Não sei onde encontrá-lo.
Como um homem, em sua maturidade,
perde um dedo assim?

Perdi-o.

Um dedo.
Que poderia ajudar a escrever esse poema
de uma forma mais ágil. Que poderia indicar
uma direção para alguém perdido.

Mas quem está perdido é o dedo.

Um dedo com o qual eu poderia
acaraciar o rosto de uma de minhas paixões.
Um dedo que poderia me ajudar com somas
e também subtrações.

Um dedo que não faz sentido.
Assim como esse poema.

3 comentários:

Ninguém é autossuficiente de pensamento.

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