quinta-feira, 6 de junho de 2013

quarto

à ana

às vezes me refugio no meu quarto.
analiso as manchas que enfeitam minha parede.
observo as frestas da janela e a luz que entra.
visito os formigueiros, as baratas e aranhas.
passo as páginas dos livros.
me vejo sozinho, assim como me vejo
em todos os lugares que ando
nessa vida de homem comum
que levo na cidade esfomeada.

bem, a cidade me devora.
meu quarto acaricia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ninguém é autossuficiente de pensamento.

caiçaras oscilantes

 meu povo, queimado de sol que só ele, unifica os grãos de areia, que perdidos pelo mundo vagueiam sob o vento em novas praias. praias do li...