à ana
analiso as manchas que enfeitam minha parede.
observo as frestas da janela e a luz que entra.
visito os formigueiros, as baratas e aranhas.
passo as páginas dos livros.
me vejo sozinho, assim como me vejo
em todos os lugares que ando
nessa vida de homem comum
que levo na cidade esfomeada.
bem, a cidade me devora.
meu quarto acaricia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ninguém é autossuficiente de pensamento.