domingo, 3 de novembro de 2013

Papel de parede

Ao longo da vida, procuramos sempre estabelecer conexões com outros seres humanos, unindo vários detalhes pequenos que por algum acaso nos ligam a outras mentes jogadas pelo mundo, e ao acaso da aleatoriedade, conseguimos algo que chamamos de amor. Mas o amor não existe de verdade, é apenas uma ideia. Ideias movem montanhas, movem cidades e multidões, mas a ideia não existe. Não podemos tocá-la.
O amor não é físico, é imaginário. Criamos as artérias imaginárias que ligam nossos corações aos corações das pessoas que o destino casual quis que nós gostássemos. A única ligação física que temos durante a vida é o cordão umbilical. O cordão que nos alimenta, que nos dá vida. A mãe. O umbigo. 
O umbigo é a única fonte de amor que há nessa vida. Há ligações saindo de nossos umbigos. Donnie darko, talvez. Algo a ver. Baby, escrevi isso apenas para explicar o porque gosto sentir sua barriga, de te ver sorrindo quando faço esse tipo de coisa. Eu queria te escrever tanto... Você me deixa sem palavras, guria.

O copo descartável com coca,
a pizza com o molho especial
para corroer
meu estômago.
A fumaça dos cigarros
e dos carros inabaláveis
para transar sem amor
com meu pulmão.

Transas sem amor. O amor acaba no
meio do caminho. Acaba a gasolina.
O amor permeia. Carro veloz.
Amor sem transas. Cidade adversa. Não
sou aqui. Eu quero sorrisos. O preço dos olhares.
Sem carne, sem pecado. Sorrisos, apenas.

Soneto sem rima.
Desajustado.
Poeta divino.
Imaculado.






Um comentário:

  1. e você sempre teimando em me fazer sorrir..

    sabe, as vezes eu penso que quase te vejo em suas palavras... e esqueço que só sei do teu rosto pelas fotos do perfil do blogger.
    um beijo. e que seja doce.

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