quarta-feira, 27 de agosto de 2014

barro

no ritmo do invisível
a construção do nada
se ergue.

numa noite de derrotas
mensagens e perfume,
estive mais uma vez no
poço em que não me matei.

e eu venho visitando-o.
buscando água
na seca
em que se firma
a palmatória
de espinhos.

Toda flor tem espinho,
todo cacto tem água.
todo círculo tem suas arestas
escondidas, perfumadas,
ilusórias e nativas.

toda rua tem um fim,
mas nem sempre
é o nosso destino
o fim da rua.

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