o riso
irrisório
escorrendo por sobre
o riso
irrisórios
quanto vale
nossa fome
nosso fim do mês
quanto vale aquela trinca
no poker sem reis
sequestro do cotidiano
assassinato do vazio
que desce
desce
à nossa garganta
ao nosso suicídio
nossa moda.
nos livros sobre feminismo
e nas notícias sobre política
não se vê os homens.
os homens, aqueles que faziam
as coisas. nos guardanapos
no bar, não temos mais poemas,
arquitetura ou números de telefones.
tá tudo escorrendo nas ruas do
Rio.
e pra onde vai o rio a não ser para o mar.
o mar, aquele que costumava seguir
o curso das marés,
afogar os homens e
guardar o canto sereias
holandesas.
mas o mar também não sabe
para onde ir.
Eu continuo
nadando,
banhando minhas feridas
em águas e sal.
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Ela é água turva que não me deixa colher o ouro Nas noites que eu corro de mim, ela aparece e me traz de volta. Nos dias em que eu me...
Eu pensei em várias coisas.
ResponderExcluirMas nenhuma delas faz jus.
Então me reservo a dizer que te amo.
E amo tuas letras.
Um beijo, meu querido João
peguei no ar esse beijo baiano.
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