da lama escura,
do brilho viscoso,
do choro invisível dos animais
rebocados em cimento e destroços
: vejo teus olhos em todo lugar.
os sons que produzo não indicam mais nada.
apenas a direção em que caminho.
como se o labirinto fosse um inferno
para o minotauro.
do céu repleto de nuvens,
do fungo que se cria nas frutas do meu quintal,
do gozo que escorre sem direção, sem mãe
: vejo tua pele, queimada
de distâncias.
e o combustível de tudo
vem do caminhão de gás
que não passa na minha rua,
mas mora no mesmo bairro
que minha quase existência
sábado, 28 de março de 2015
Assinar:
Postar comentários (Atom)
caiçaras oscilantes
meu povo, queimado de sol que só ele, unifica os grãos de areia, que perdidos pelo mundo vagueiam sob o vento em novas praias. praias do li...
-
É um alívio poder escrever de novo Num ritmo leve ao sabor do canto sobre os mares dessas águas sobre os verdes desse louro quem diria que v...
-
ruínas. apenas nós por aqui. olhar mais uma vez esses teus olhos de cigana. não mais oblíqua e nem dissimulada. de cigana apenas, que...
-
Ela é água turva que não me deixa colher o ouro Nas noites que eu corro de mim, ela aparece e me traz de volta. Nos dias em que eu me...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ninguém é autossuficiente de pensamento.