do fundo das quatro estações indefinidas
sua voz soa me perguntando sobre o fio.
mas eu não escuto.
perante os atrasos e adiantos
da vida cotidiana, afundei meus pés
num relicário desconhecido.
a lua não me apareceu, imutável e cruel.
isso é mal desses tempos não cronometráveis.
os papéis, as texturas e as águas
me levam a crer que há uma parcela de culpa
nisso.
há um pouco de tudo na fala que pronuncio.
um pouco de lua desaparecida no poema que
eu nunca vou escrever.
sigamos em frente, sem medir tempo, sem contar
perguntas nem versos, pois se todo rio deságua
não há porque esperar a lua mudar de cor.
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