caminhei
como se o mundo girasse
seguindo minha rotina de privilégios
sacrificados.
mas o mundo caminha, joão.
não apontei nem teve cores.
desolação dos terrenos não arados,
que não brotam nem se fazem solo seco,
rachado, que disputa qualquer coisa
para parecer cenário do seridó que nem existe.
o seridó não existe.
o monstro derrotado de construção e lágrimas
sorriso fingido sob o sol desertante de domingo.
o bom de caminhar é que se cansa.
e se justifica o descanço.
o bom de caminhar não são
as paisagens que se vê.
o bom de caminhar é
saber que caminhar
é criar uma dor.
a dor nas pernas
a flor e as penas.
a náusea não me telefonou.
e os autos já atropelaram a flor.
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o bom de ser joão é que se pode dizer qualquer coisa, até a palavra intraduzível.
ResponderExcluirOnde estão as flores, as calçadas, os amores desgovernados e os inertes? Por onde andam os pés desse João?!
ResponderExcluir;o)
quero uma flor ressuscitada.
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