quinta-feira, 5 de maio de 2016

um dia de calor em que você se encontra derretidamente
solitária, perdida em meio à ideologias deste novo mundo,
entre os poderes da nova mídia e àquela indecisão digna
de tuas águas
não lembro aonde é minha lua, mas meu ascendente em peixe
nos une nesse mundo, onde eu nado e você se deixa nadar.
e nessa dança, não há dois lados, mas sim um passo solitário.
que de tão solitário, acaba por ser o passo de uma multidão.
uma multidão dentro de um par só.
como flor e criança se deixam cuidar-se. como as criações
que têm que morrer para que a criatividade sobreviva.
como nós, que morremos a cada dia, no banco do ônibus,
no banco de pedra e no banco do brasil.

o orvalho seco da mata que não se vê mas atua,
sozinhos somos muitos, equidistantes, sol e lua.
sem papéis predefinidos: somos calor para quem tem frio.

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