domingo, 25 de julho de 2021

crônicas de fogo e quentura #1

 As coisas que se tem numa casa dizem muito sobre seus donos e personalidades que nela permeiam. Um exemplo disso é quando tomamos nota das peculiaridades dos donos de animais. Chamados ultimamente simplesmente de Pais de Pet. 

Os donos de cachorro nem sempre se dão bem com os donos de gatos. O diplomata mais humano que existe é o que fica na média entre os dois lados da moeda e consegue, às vezes por sorte ou talvez por merecimento, criar felinos e caninos no mesmo ambiente. A forma com que os potes de comida são organizados também falam muito. Quão caros parecem ser aquelas vasilhas de alumínio? E os alimentadores automáticos, hoje em dia conseguem ser controlados através de aplicativos de celular e relógios inteligentes. Tudo isso me soa um iminente absurdo. 

Mas eu senti saudade disso. De ver que a qualidade dos brinquedos que compramos pros nossos bichinhos de estimação consegue falar sobre o cerne da questão humana que é a convivência em sociedade.

Tenho sentido uma fome de coisas novas, diferentes. Ainda não me acostumei completamente com essa nova dieta. Carnes magras, levemente mais caras. Soja com embalagem em cores pasteis, cortada milimetricamente pra que consiga ser hidratada exatamente como diz as instruções da embalagem. Um peito de peru fatiado servido como refeição fria...

É por este caminho que eu quero estar caminhando. Eterna caminhada.

Sinto por estar tão alheio. Até.

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