segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

menos de 10


Saudades do tempo longínquo, em que minha mãe me botava pra dormir.
Saudades do tempo longínquo, em que meu ofício era brincar.
Saudades do tempo longínquo, em que não tinha obrigações
Saudades do tempo longínquo, em que eu não era eu.
Era uma simples criança, voando de braços abertos
Voando com minha imaginação.
Uma tarde de sol e um quintal bastavam para muito divertimento.
Saudades do tempo longínquo
Ele não volta
O desejo de ser adulto hoje me parece insulto
Hoje o desejo é de voltar a ser o que era antes.
Saudades do tempo longínquo.
Saudades de quando eu era gente.

Um comentário:

  1. Saudades de quando eu era gente.

    Eu concordo muito com você nessa parte. Eu acho que a gente nasce muito inteligente, com a inteligência natural que deveríamos ter, o instinto, mas que com o passar dos anos vamos perdendo, até que nos tornamos os imbecis que vemos andar pelas ruas todos os dias.

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