Um retrato
somente um retrato
guardando aquelas férias
tantas histórias
lembranças e glórias
das casas de verão
das tardes de veraneio
tudo triste
paralisado
preso ao papel
um homem sem rosto
sem riso, sem semblante
continua lá, parado
no momento em que se fotografou
Só aquela imagem
ali, sem se mexer
algumas palavras no verso
e a saudade na lembrança
Fotografia
dos mares do passado
de uma paisagem qualquer
de um segundo qualquer
paralisado
na moldura
na ternura
Um rosto
de um riso falso
uma mira certeira
de um tiro a esmo
tudo guardado num retrato
guardado numa caixa de sapato
dentro de um guarda-roupas
num quarto úmido
de uma casa qualquer
de um bairro do subúrbio
de um lugar qualquer
de um mundo paralisado
numa lente de uma câmera
na embriaguez de uma fotografia
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Dentro do amontoado de blogs que eu vi hoje, o seu foi a salvação! Muito bem feito, escrita muito peculiar, parabéns.
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