sábado, 24 de dezembro de 2011

peso.

Minhas unhas são sujas
minhas gengivas calejadas
manejei minhas memórias
Quebrei meus dentes
na última vez
em que ruminei as memórias

Minha mente é calejada
ela é pesada
Mas me disseram
que só me livrasse
dos pesos mortos
E acredite
Minha mente ainda vive
mesmo em meio à chacina

Eu posso senti nitidamente
o cheiro dos corpos
que caíram em meu redor
Já não choro
pelo peso morto
caído ao chão
Já não choro
As lágrimas que me foram concebidas
não morreram por essas mortes
elas morreram por mim mesmo

Nada mais justo
que um fruto morrer
por sua árvore

Um comentário:

Ninguém é autossuficiente de pensamento.

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