Parece
ser um ciclo este meu. Sou um oceano e quanto mais as pessoas tendem
a nadar contra a correnteza para chegarem até a ilha que há no
recanto mais profundo de minha alma, mais eu tento afastá-las de
mim.
Não
me compreendo e nem compreendo o mundo. Talvez eu devesse me enterrar
sob uma profundidade inimaginável e esperar o ar que respiro
simplesmente decidir ir embora. Talvez devesse cavar até o outro
lado do mundo para ver se há algo para mim lá. O que é o amor pra
mim?
O
amor é um manto. Um manto onde eu cubro que eu quero. Onde eu cubro
as coisas que me fazem feliz. E se alguém termina triste no fim da
história, é porque não era amor. Era apenas uma tentativa de uma
das partes de escapar do frio. Quando o frio se foi, se foi também a
necessidade de acobertar-se.
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Ninguém é autossuficiente de pensamento.