quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

fuga

                                 Calma, Reticente...

Há tempos que não abro nada.
As portas estão fechadas.
Meu peito está trancado.

Não abro o caderno,
o editor de texto ou o bloco de notas.
Não escrevo mais e-mails, poemas bons.
Não mando cartas.

Acredito que um dia terei coragem de abrir
As janelas, a porta, o coração.
Talvez arrombar com socos.
Não.

Deixo que a guria abra tudo.
De pouco em pouco, estou livre das portas.
Estou livre, com ela, fugindo pelo mundo.




Um comentário:

  1. Quem foge pelo mundo é mais propenso a deixar saudades e nutrir esperanças do que o contrário... A não ser que ela não tenha te deixado tão livre assim!

    Manda notícias ou me compra um souvenir desse mundo sem portas, quando puder!

    Abração!!!

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