segunda-feira, 1 de julho de 2013

Gabriela e seus cravos para o túmulo.

Não vou lhe cortar,
apenas vacilar
com meu canivete
por seu peito
magro.

faça como nos alcoólicos:
não comemore todo o tempo
que você está limpo,
mas cada dia que você supera
sem entornar
silenciosamente
a sua vodca.

um beijo doce em seu rosto.
que o universo seja bondoso
com você e seus desejos.
não tenho controle
sobre minhas memórias,
sobre meus aprendizados.
meus dezesseis anos
foram multiplicados
há algum tempo.
ninguém sabe ao certo
quantos anos já vivi,
quantas histórias já contei
ou qualquer dado parecido.

estou friamente calculando
assassinatos perfeitos.
talvez você seja a primeira.

me beije
como se não houvesse amanhã.
pois talvez para você realmente não haja.


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