A carroça segue intacta
a mercadoria ainda ilesa
passando pontes e valas
na vã incerteza do amanhã.
Já não tão intacto como o resto
segue o carroceiro de mãos vagas.
Tem apenas uma lembrança fosca
talvez um sibilo do mundo que leva.
Nestes cortes desolantes de poesia
a madrugada cerca minha calvície.
Nesses cortes traçados de linhas,
a madrugada cerca minha poesia.
Mãos calejadas.
bacia dolorida.
Coluna maltratada.
cabeça mal resolvida.
Não aprendi ainda
a domar estes cavalos.
São os ossos
do ofício
e os meus
que se
enterram
nessa
métrica
sem
rima
domingo, 25 de agosto de 2013
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Ninguém é autossuficiente de pensamento.