T. - 18.04.12
Já não sei contar.
Mais cortes que dentes,
mais dentes que fome.
Os meses se passam,
os anos se arrastam.
Vão lotando a caixa do correio
as faturas dos dias passados.
Quem vai pagar meus erros,
amores, filhos que não criei
bebidas que entornei,
as plantas que não fumei,
os dias, os acordes, os jarros
e as flores:
o sangue derramado?
Não chore o leite derramado.
Ele não volta ao copo.
Nem molha os cereais
neste café da manhã
com gosto amargo de vida.
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