segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Buldog

As facas são muitas. 
Os cortes, as cicatrizes.
Os desejos são muitos.
Muitas das facas são 
impossíveis de se ver.
Dos cortes não tenho 
mais as suturas vazias.
Das cicatrizes não tenho
mais as lembranças.
Dos sonhos eu tenho
os irrealizáveis, todos 
eles guardados nos 
bolsos.

Deus fez dos meus 
bolsos furados.
Deus fez muita coisa
que eu não compreendo
nem o porquê nem o
porém. Deus é cheio
de erros e acertos.
Destinos cruzados e 
coisas do acaso.
Quem dera Deus 
fosse meu companheiro
de mesa de bar...

São muitas
facas, mas eu não 
sou açougueiro,
não sou cozinheiro
e nem sushiman.

Não sou digno de muito.
Sou digno ter muito para
dar para os que necessitam.

Acho que ninguém quer morrer sozinho. 

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