domingo, 13 de outubro de 2013

Tretas do mundo moderno

Um ou dois. Três, talvez.
Acho que doze. Isso mesmo.
Hoje é dia doze. Uma dúzia
de dias se passaram e eu nada
fiz.

Talvez eu tenha me feito nessa
metade do mês que passou.
Talvez o feriado não seja
meu.

Talvez nem haja feriado.
Talvez eu não entenda.
Eu não tive um descanso,
uma folga ou calmaria.

Tive alteres. Músculos
machucados e cansados.
Tive séries de exercício.
Nunca pisei numa academia.

Mais uma vez eu não fui.
Não vou. Quase nunca estou.
Acho que não houve feriado.
Fiquei com medo de sair pra
ver o mundo. Mas saí.

Poço de contradições.
Há algumas moedas perdidas
no fundo, jogadas pela ilusão.
Acho que não houve um dia hoje.
O dia não veio.

Passou. De carro, de moto.
Correndo nu. Bunda branca,
cirurgia e facas japonesas.
Tretas do mundo moderno.

Tretas. Eu sou do mundo.
Sou moderno. Tenho conta
no banco. Bebo café. Design.
Sou contra o sistema.

Petry, eles dizem que a globo manipula.
Mas hoje foi dia das crianças.
Petry, as fadas morrem de fome.
Petry, the trouble somos nozes.



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