Pumau Maori |
Como uma duna: infinita.
impenetrável, inquebrável.
Caminhas todos os dias,
mas sempre acolhe a brisa
minha no mesmo lugar vazio.
Como o barulho das ondas: infinito.
E como um pescador observo o mar,
o movimento das marés.
Calculista e sublime.
Teu olhar também é infinito
na moldura inexistente da fotografia.
É como a aurora para o pescador.
A chuva dos peixes. Colheita da fé.
Onde andou, viveu e vivenciou
este olhar imaculado que me peca
no retrato?
O pecado da gula, de querer a engolir
e sugar tua força pra mim.
Como nas velhas tribos
maori.
A cidade nos engolia
e nós terminamos na
mesma digestão.
Nossos esgotos são os mesmos.
Nossa solidão se completa
e não nos deixa a sós.
Cadê os teus brinquedos?
Conte-me uma história de ninar.
Uma flor que causa dependência
química e psicológica. Esta é uma
metáfora para todos as carnes
e ossos que te compõem.
Se você me acordasse nas auroras
meu martírio não seria o sono.
por que você insiste em me deixar cada vez mais apaixonada?
ResponderExcluirLaisa, querida... Porque você insiste em se apaixonar por esse cara: o poço de incertezas e ingratidão?
ExcluirIngrato.
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