quinta-feira, 10 de abril de 2014

insônia

Os ilhados ficaram para trás.
Desfiz a ilha com meus passos
colossais.

O problema de ser grande
é que o mundo não corresponde.
Não há vida pequena.

Como o cutelo esmaecido em sangue
do saudoso carneceiro,
eu digo que todos os cortes
regeneram.
Todos os imortais sobrevivem
às mortes do cotidiano.

E se não há verdade,
pode mentir.
Se não há ar rarefeito
respire como se não houvesse amanhã.
Mas o amanhã estará lá.
Porque não é errado.

O fim é sempre o início.
Nos sorrisos de nomes completos.

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