parecia pronunciar teu nome, quadrado, límpido
e semi-automático.
o silêncio das multidões, das linhas abarrotadas de
trânsito, fuumaça de cigarros que não fumamos
e de trens que transladam ruas em que eu queria morar,
cidades camufladas em nomes que eu não sei mais ler.
grito como se o grito ainda fosse audível.
não é caso que eu não tenho voz, o caso é que
a redoma nao me deixa falar. e a redoma nem existe,
eu que imaginei.
respire devagar.
e ouça o que eu não disse,
resvalando no ar,
nesse poema chucro que não será voz das multidões.
nem grito de guerra.
apenas resignação poluída
de angústias
e ouça o que eu não disse,
resvalando no ar,
nesse poema chucro que não será voz das multidões.
nem grito de guerra.
apenas resignação poluída
de angústias
que toda essa angústia se transforme em poesia. quero ser tua poesia, João. te escorrer pelos dedos e esperar... esperar o último parágrafo...
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