segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O nascer de Drummond

I

Preciso comer mais.
Mergulhar mais.
Mergulhar meus olhos
nas paisagens do mundo.

Abrigar pássaros e mamíferos
em minha sala de estar

Conhecer monumentos do meu mundo,
ler por dias inteiros a história do planeta
poesias que me façam chorar
nas noites e manhãs de ilusões.
Puxar todos os cabos do computador
e deixar de oscilar nas madrugadas
entre download e sentimentos

II

Há uma mulher batendo em minha porta
deixando bilhetes em minha soleira
Silenciosa, ferina e cruel.
Arranca-me felicidades,
com abraços e trechos de músicas.
Silenciosa, ferina e cruel.
Põe meu coração na panela
para temperar o seu feijão.

Escorro por sua boca
Desço por tua garganta,
paro para admirar tua beleza interna.
Te sufoco.

Morres engasgada com  meu coração.



Já dizia o Sr. Reticente: "Você e suas mortes!".

Um comentário:

Ninguém é autossuficiente de pensamento.

caiçaras oscilantes

 meu povo, queimado de sol que só ele, unifica os grãos de areia, que perdidos pelo mundo vagueiam sob o vento em novas praias. praias do li...