domingo, 10 de fevereiro de 2013

Costelas Humanas Queimando em Brasa

Brasa é uma cidade do meu mundo.
Onde ainda não tenho fome.
Onde sou feliz de uma forma desconhecida.

Brasa é o que queima em meu coração.
Em meu coração não queima mais o amor.
Há quem diga que nem coração tenho.
Há quem peça para que me abram
cortes profundos costelas a dentro,
apenas para ver se há mesmo um coração.
Há gente que apenas acredita em minhas palavras.
E há quem não me dá atenção.
Esse último não é digno de minha poesia.

Indigno, este homem que vos escreve.
Esqueceu o pedestal do microfone.
Esqueceu todo o discurso.
A platéia já não se satizfaz.
Não sabe o que fazer.
Sorri falsamente
e chama o cara que o substitui.

Um palco sem ator. A vida sem palhaço.

Um peixe fritando na panela.
Ou pulando no meio do mundo.
Sou alguém indisfarsável
Alguém irreconhecível.
O mundo todo está em minha mãos.

Há dois anos
que tenho
minhas
mãos
amp
uta
das.

Um comentário:

Ninguém é autossuficiente de pensamento.

caiçaras oscilantes

 meu povo, queimado de sol que só ele, unifica os grãos de areia, que perdidos pelo mundo vagueiam sob o vento em novas praias. praias do li...