terça-feira, 6 de abril de 2021

um homem grande demais para proteger uma baliza de maneira justa

nos disfaces há sempre dor
e no carnaval um alívio.
foi isso que entendi,
do que tentou me dizer
nas tardes entre a sexta
e a quarta feira de cinzas,
andando de lado
e ditando o ritmo da banda
do siri.

o som estava alto demais, como sempre.
e eu: criança demais, como sempre.
mas as ruas ecoavam a justiça do carnaval,
trazendo a confusão e o riso
para os nossos corações.
como palavras de morte,
no obituário da manhã.
deve sim ser doce morrer no mar
mas deve ser melhor
morrer marchando frevo.

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